domingo, 8 de maio de 2016

O Pai que um filho quer



Certa vez, discuti com meu pai em um momento de atrito, então achei que o correto era sair da presença dele e ir embora. Eu ainda era jovem, porém, não demorou muito para que as dificuldades aparecessem:

Trabalho, estudo, responsabilidade do lar, responsabilidade financeira, contudo comecei a olhar para mim. Eu não aguentava mais aquela bola de neve que só aumentava, a sensação era de está carregando um prédio nas costas.

Quando eu pensei que tinha vencido, outra decepção, perdi o emprego, foi ai que a situação se agravou, comecei a usar drogas, das mais leves até as mais pesadas. Tudo que eu fazia era uma tentativa de fugir daquela realidade, a qual, fui o causador. Quando sentir-me encurralado pelo vício, comecei a cometer furtos e assaltos.

Até que em um desses, fui surpreendido por um policial, que me perseguiu até uma via de grande movimento, este foi o meu ponto de parada, um atropelo. Entrei em coma, fiquei meses no hospital.

Meu pai, que eu desprezei, sempre esteve ao meu lado, esperando o momento que eu ia acordar, até que um homem chamado evangelista entrou no quarto e conversou com meu pai, e disse:

-Você crê em Deus homem?

-Sim!

-Acredita que ele pode tratar e sarar seu filho?

-Eu creio!

-Me permite fazer uma oração, pela vida de seu filho?

-Sim, pode fazer.

Aquele momento foi o ponto crucial em minha vida, pois quando aquele homem começou a orar eu vi todos os momentos tristes de minha vida, mas no final eu vi os sorrisos que eu dava com meu pai, mesmo em coma, minhas lágrimas começaram a rolar.

Esta foi a oração do evangelista:

“E disse: Um certo homem tinha dois filhos; E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.

E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos.

 

E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.

E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se. E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças.

E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. Mas ele se indignou, e não queria entrar. E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos; Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.

E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se”.

-Assim como o filho pródigo, retorna criança aos braços de seu pai.

-Amém!

Hoje eu vivo em paz com meu pai, encontramos a verdade. Agora que você já sabe o caminho da desobediência, lembre-se das consequências que ele tem. Eu tive uma segunda chance, mas muitos jovens não tem.

E você, também quer uma segunda chance?

Lucas 15: 11-32

 

 
 

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