Certa vez, discuti com meu pai em
um momento de atrito, então achei que o correto era sair da presença dele e ir
embora. Eu ainda era jovem, porém, não demorou muito para que as dificuldades
aparecessem:
Trabalho, estudo, responsabilidade
do lar, responsabilidade financeira, contudo comecei a olhar para mim. Eu não
aguentava mais aquela bola de neve que só aumentava, a sensação era de está
carregando um prédio nas costas.
Quando eu pensei que tinha
vencido, outra decepção, perdi o emprego, foi ai que a situação se agravou,
comecei a usar drogas, das mais leves até as mais pesadas. Tudo que eu fazia
era uma tentativa de fugir daquela realidade, a qual, fui o causador. Quando
sentir-me encurralado pelo vício, comecei a cometer furtos e assaltos.
Até que em um desses, fui surpreendido
por um policial, que me perseguiu até uma via de grande movimento, este foi o
meu ponto de parada, um atropelo. Entrei em coma, fiquei meses no hospital.
Meu pai, que eu desprezei, sempre
esteve ao meu lado, esperando o momento que eu ia acordar, até que um homem
chamado evangelista entrou no quarto e conversou com meu pai, e disse:
-Você crê em Deus homem?
-Sim!
-Acredita que ele pode tratar e
sarar seu filho?
-Eu creio!
-Me permite fazer uma oração,
pela vida de seu filho?
-Sim, pode fazer.
Aquele momento foi o ponto
crucial em minha vida, pois quando aquele homem começou a orar eu vi todos os
momentos tristes de minha vida, mas no final eu vi os sorrisos que eu dava com
meu pai, mesmo em coma, minhas lágrimas começaram a rolar.
Esta foi a oração do evangelista:
“E disse: Um certo homem tinha dois filhos; E o mais moço deles disse
ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a
fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para
uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e
começou a padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela
terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos.
E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e
ninguém lhe dava nada. E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai
têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com
meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno
de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. E,
levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e
se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não
sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei
depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas
nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; Porque
este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E
começaram a alegrar-se. E o seu filho mais velho estava no campo; e quando
veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças.
E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. E ele lhe
disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e
salvo. Mas ele se indignou, e não queria entrar. E saindo o pai, instava com
ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem
nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me
com os meus amigos; Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens
com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.
E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas
coisas são tuas; Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão
estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se”.
-Assim como o filho pródigo,
retorna criança aos braços de seu pai.
-Amém!
Hoje eu vivo em paz com meu pai,
encontramos a verdade. Agora que você já sabe o caminho da desobediência,
lembre-se das consequências que ele tem. Eu tive uma segunda chance, mas muitos
jovens não tem.
E você, também quer uma segunda
chance?
Lucas 15: 11-32
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