A Criatura e o Criador

Aquele mundo era estranho, eu tinha saudade de estar dentro d’agua, meus olhos ardiam com aquela luz. Até que ela me carregou, de uma forma tão especial, então eu não resisti e dormir nos seus braços. Parecia que eu a conhecia por dentro, ao ponto de não sentir medo, mas sim, desejo de estar mais próximo dela.

A cada dia ela comtemplava o meu crescimento, até quando falei a primeira palavra:

-Mãe!

Não parou por ai, eis que falei a segunda:

-Pai!

Eles então, sorriram para mim!

Mas, entre nós havia mais uma pessoa que disse:

“Do pó da terra te formei, soprei em suas narinas o fôlego da vida. De todo fruto coma livremente, mas, da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia que dela comeres, certamente morrerás”. Gênesis 2:7,16-17

Hoje, eu sou pai e a minha filha disse algo a meus pais:

-Meus avós?

-Sim! Minha netinha!

-Viste aquela folha que entrou pela janela com o vento?

-Sim, porque?

-Alguém a soprou e disse-me:

Entrega ela a seus avós e diga a eles:

Um dia plantei a semente, outro dia a reguei, outro podei. Agora já vi seus frutos, hoje sopro suas folhas e mando mensagens em todas as direções.

Eu os criei, minhas criaturas!

Seu Criador!